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Foto do escritorFernando Liguori

GOÉCIA TRADICIONAL BRASILEIRA

Atualizado: 5 de ago. de 2024



No segundo volume do Daemonium eu fiz uma introdução concisa sobre o tema, abordando pela primeira vez no Brasil a Quimbanda como a goécia tradicional brasileira. No livro destaquei que no curso da comparação entre a Quimbanda e a goécia, suas duas fases, a grega antiga e a salomônica medieval, deveriam ser consideradas em sua inteireza para uma compreensão profunda da matéria:

 

A Quimbanda pode ser considerada, de modo geral, a goécia brasileira. Leve em consideração dois pontos: i. a goécia grega é a prática da necromancia, quer dizer, a comunicação com os mortos; ii. a goécia pós interpretatio romana é a convocação e imprecação de demônios. A Quimbanda é uma arte de feitiçaria necromantica, porque lida com Exus (espíritos de mortos deificados e égún diversos), e estes, por sua vez, têm domínio sobre demônios aéreos, telúricos e ctonianos.[1]

 

Nesse excerto apresento a Quimbanda abarcando em seu escopo as duas fases da goécia, a grega antiga (goēteia) e a salomônica medieval (goetia). Tanto no segundo volume do Daemonium quanto no Ganga: a Quimbanda no Renascer da Magia, eu disserto com mais ênfase acerca da incursão diabólica ou demoníaca que ocorreu na Quimbanda em seu segundo momento, a partir da síntese estabelecida por Aluízio Fontenelle na década de 1950, tema que revisitaremos na Parte II deste livro. Em outras palavras, nestes dois livros eu dou mais ênfase na conexão que se estabeleceu entre a Quimbanda e a goécia salomônica a partir de um grimório moderno conhecido como Grimorium Verum,[2] uma gramática de magia noturna com o objetivo de pactuação demoníaca[3] com espíritos (demônios) do ar, da terra e do submundo, onde se lê:

 

Aqui começa o Sanctum Regum, chamado o rei dos Espíritos, ou as Clavículas de Salomão, mui sábio Nigromante, ou Rabino, hebreu. Na primeira parte estão contidas diversas disposições de caracteres, pelos quais são invocadas as Potências, os Espíritos, ou melhor dizendo, os Diabos, para os fazer vir quando vos agradar, cada um de acordo com sua potência, e para lhes constranger a fazer tudo que tu lhes ordenar, e sem jamais se aquietar por qualquer coisa, desde que eles estejam satisfeitos com sua parte, porque esse tipo de criatura não faz nada por nada.[4]

 

Essa passagem esclarece o pano de fundo[5] da síntese estabelecida por Aluízio Fontenelle em seu livro Exu, de 1952, do qual derivou a ideia moderna de Quimbanda: Exus e demônios associados, sincretizados. É dessa síntese, como tronco tradicional da Quimbanda,[6] que derivam as vertentes tradicionais da Quimbanda, das quais as mais conhecidas são a Nàgô, a Mussurumin e a Malê.


Como veremos neste livro, o Grimorium Verum que deriva dos grimórios azuis franco-italianos e O Livro de São Cipriano que deriva dos grimórios da feitiçaria popular ibérica influenciaram profundamente a identidade mágica do Brasil e a própria fundação da Quimbanda, estabelecendo seu pano de fundo demonológico.[7] Esse pano de fundo demonológico, por outro lado, estabeleceu a teologia, a cosmogonia, a cosmovisão, a estrutura e a mecânica de comunicação com os espíritos: o pacto diabólico. Assim como os demônios do Verum, os Exus devem ser pagos em toda e qualquer ocasião onde seja requerido o seu trabalho. Os caracteres mágicos do Grimorium Verum foram diretamente associados aos Exus, estabelecendo um sincretismo direto entre Exus e demônios, desenvolvendo métodos práticos onde i. os Exus comandam e dirigem os demônios (Quimbanda Nàgô); ii. os demônios e Exus são acessados separadamente, mas podem trabalhar juntos (Quimbanda Mussurumin) ou; iii. os demônios são Exus disfarçados (Quimbanda Malê). No Daemonium destaco:

 

A Quimbanda uniu o melhor de três culturas: ameríndia, africana e ibérica em um sistema de demonologia e diabolismo prático com métodos únicos capazes de criar uma interface entre os éteres habitados por demônios e àqueles habitados pelos mortos. É a goécia brasileira.[8]

 

A Quimbanda como goécia brasileira agrega em seu escopo, portanto, a goécia necromântica grega e a goécia nigromântica ou demoníaca medieval. Na Apresentação do livro Ganga eu menciono que:

 

Uma conexão profunda se estabeleceu na tradição de Quimbanda desde a década de 1950 com a demonologia europeia e as técnicas derivadas dos grimórios para conexão e coerção dos demônios, o que ficou popularmente conhecido como nigromancia, necromancia, maleficium, goécia, magia negra, magia demoníaca ou baixa magia. Na magia cerimonial, a classe de espíritos que lidam com os éteres ctônico, telúrico e aéreo sublunares são as criaturas espirituais destes éteres, classificadas genericamente como demônios na cosmovisão cristianizada do Ocidente. Como esses éteres são a área de atuação dos Exus e Pombagiras (mortos deificados) da Quimbanda, foi possível conectá-los a atuação de demônios. Assim foi estabelecida uma ponte através da qual foi possível convergir Exus e demônios. [...] A Quimbanda nasce como uma tradição de goécia brasileira, porque da rica herança ancestral ameríndia, africana e europeia, desenvolveu um sistema de feitiçaria nigromântica próprio.[9]

 

Retornando mais no passado, entretanto, vamos buscar nesta Parte I do livro colocar ênfase também na primeira fase da goécia como a antiga religião necromântica dos gregos, praticada no âmbito familiar e sem qualquer intervenção do Estado. Sobre a goécia e a religião grega antiga Daniel Ogden diz:

 

O principal significado dos ritos básicos de evocação [dos mortos] reside no fato de que seu sistema como um todo (cova, libações de likatron [mel e leite], vinho e água, oferta de cevada, oferta de sangue, holocautro e orações) é idêntico ao das oferendas normais aos mortos em túmulos.[10]

 

Para entendermos o escopo total da Quimbanda como goécia brasileira, nós precisamos retornar no tempo, para um período vastamente esquecido – ou no mínimo rejeitado – da história da magia no Ocidente, numa época em que Homero ainda não havia negligenciado os deuses ferozes, caprichosos, demoníacos e perigosos dos cultos locais e formas populares de mitos primitivos, em detrimento dos deuses olímpicos dos aristocratas gregos. Para compreender a Quimbanda como goécia tradicional brasileira, primeiro é preciso compreender a goécia como goécia, porque a maioria das estórias tecidas sobre goécia na Esotérica[11] não foram escritas por ela mesma...


A palavra goécia – a arte que sua prática representa e a envergadura de seus efeitos taumatúrgicos – tem sido muito mal compreendida ou interpretada no contexto da magia moderna. Para a grande maioria dos ocultistas modernos, o termo está associado a um dos grimórios salomônicos mais famosos, o Lemegeton, uma gramática de magia noturna do Séc. XVII popularizada no Ocidente a partir de uma tradução incompleta para o inglês feita por MacGregor Mathers (1854-1918), encomendada e publicada por Aleister Crowley em 1904.


Este grimório apresenta uma versão cristianizada do exercício da goécia; e muito embora ela tenha sido diretamente associada a este grimório noturno e posteriormente a outros da mesma natureza como o Grimorium Verum, o termo vem do grego antigo, mais de quinze séculos antes da existência dos grimórios. São séculos de história não contada que os autores modernos negligenciam, reduzindo a goécia a convocação dos demônios do Lemegeton e raras vezes de outros grimórios como o Verum. Isso torna o entendimento popular da goécia tanto impreciso quanto pateticamente reducionista, portanto, desqualificado e amador. É seguro dizer que a magia moderna restringe e deturpa a compreensão da arte da goécia como derivada de suas raízes ancestrais gregas e posteriormente, europeias.


As palavras que designam o praticante de magia, hora magista, o aprendiz, e hora mago, o mestre, vêm do persa magūš que os gregos assimilaram como mageia. Note que o nome que designa o operador deriva diretamente de sua arte: mago e magista derivam da prática da magia. O termo goécia, que designa a arte, por outro lado, deriva do operador, o feiticeiro (goēs) grego arcaico. Tecnicamente, portanto, o termo goécia (goēteia) como compreendido pelos gregos daquele tempo, entre os Sécs. X e VII a.C., era usado para designar um indivíduo antes de sua arte.


A convocação de maus espíritos – embora relevante no contexto primordial da goécia,[12] e o conceito fundamental de sua interpretação moderna pós interpretatio christiana[13] – não representa os propósitos originais do goēs grego ou mesmo a natureza da própria goécia. Os autores modernos traduziram a palavra goécia como urro, grito horripilante ou uivo, na forma de um sopro sibilado. Mas no segundo volume do Daemonium eu resumi a origem grega da palavra:

 

O termo goécia vem do grego goētes, que traduz-se como feiticeiro, bruxo, encantador ou adivinho. O singular goēs tratava-se de um especialista em lidar com os mortos e sua arte foi chamada de goēteia. Esses termos foram elaborados a partir da raiz goos, que significa chorar, lamentar, porque as conjurações aos mortos nesse período clássico grego, Séc. V a.C., se tratavam de lamentações fúnebres. Essas lamentações eram executadas diretamente na cova ou tumba dos falecidos e a eles eram oferecidos sacrifícios e oferendas como libações de mel e leite. Com o tempo a prática da goécia grega foi associada a convocação não só de mortos que poderiam agir para auxiliar os vivos, os nekydaimones, mas também a toda sorte de espíritos ctônicos sob a autoridade mágica de deusas como Hécate ou Serápis. Na interpretação cristã dessa prática de feitiçaria grega, a goécia então passou a ser considerada uma prática ainda mais ilícita associada a todo tipo de demônios.[14]

 

Então lamentar é uma tradução mais acurada para o grego goēteia. O tom de voz dessas lamentações fúnebres definia a natureza da prática, junto da importância dada as questões que envolviam a entrada e saída dos mortos no Submundo: a goécia grega se preocupava com a condução dos mortos até o Submundo ou a convocação deles desde lá. Essa é a raiz antiga da verdadeira conexão que existe entre a goécia e necromancia, que posteriormente na Idade Média e a partir do Renascimento tornou-se magia negra ou nigromancia.


Os precursores mais antigos da goécia eram manganeumatas das sombras: seu culto era ctônico e eles estavam preocupados com os mortos e seu reino apenas; e muito embora tenham ocorrido aproximações e até sincretismos em um tempo posterior, a goécia possuía pouca ou quase nenhuma conexão real com a religião aristocrática dos deuses olímpicos, porque a distância entre os cultos aos deuses ctônicos e os cultos aos deuses celestiais ou urânicos era consideravelmente grande.


Os deuses urânicos ou olímpicos eram invocados à luz do dia, em um estado de purificação e zelosa limpeza, com vestes brancas; a ocasião era sempre alegre, o altar era elevado sobre a terra e a vítima sacrifical dirigia seu olhar para os céus no momento do sacrifício.


Os mortos, por outro lado, eram honrados com lamentações, significado da palavra grega goēteia, como vimos. As cerimônias aos mortos eram geralmente noturnas. As vestes eram rasgadas e maltrapilhas, contaminadas com sujeira das áreas mortuárias; os cabelos soltos e bagunçados. O altar aos mortos era erguido ao lado das covas e em algumas ocasiões havia até cozinha no local, onde as oferendas aos mortos eram preparadas. Um buraco era aberto para o abate da vítima sacrifical, que dirigia seu olhar diretamente para ele, por onde o sangue chegava até o defunto, com libações de leite, sal e mel, assim como as oferendas.


Muitas características do culto dos mortos foram compartilhadas com divindades e heróis ctônicos. Algumas distinções feitas entre os ritos dos dois tipos de culto, ctônico e celestial, no passado não são tão vinculativas quanto se supunha; alguns santuários e ritos incluíam elementos e características associados a entidades ctônicas e celestiais.


Compreender a goécia como goécia, i.e. culto necromantico, não é fácil. Existe a necessidade de cavar fundo nos mitos gregos pré-homéricos. Apesar da complexidade das relações entre a religião celestial ou urânica e os cultos ctônicos, o que conhecemos como goécia no contexto da magia no Ocidente representa essencialmente a sobrevivência de elementos primordiais de feitiçaria e necromancia dentro de tradições hospedeiras associadas a outros personagens, principalmente Salomão. Além disso, as abordagens mágicas adaptadas e sistematizadas na Antiguidade pelos neoplatônicos que, invariavelmente, fizeram tentativas breves para definir a goécia sobre seus pontos de vista, geralmente hostis à magia de modo geral, construíram a priori um desentendimento profundo sobre o tema. Mas como aponta Fustel, essa crença e esses ritos [de reverência aos mortos] são o que há de mais velho na raça indo-europeia, e também o que houve de mais persistente.[15]


É difícil falar de goécia em seus próprios termos ao competir com as suposições acumuladas de tantos séculos feitas pelos neoplatônicos da Antiguidade média e tardia, bem como suas reverberações no Renascimento, Idade Moderna e Contemporânea. Nos últimos dois mil anos, nossa civilização viveu com as suposições inerentes à Religião Revelada. As civilizações da Grécia Clássica, e todas as outras civilizações do Mundo Antigo, foram construídas ou sobrepostas a uma tradição de milhares de anos do que é conhecido como Religião Natural. Enquanto a Religião Revelada é entregue do alto por uma revelação – frequentemente representada por um Livro – a Religião Natural é construída de baixo, a partir das raízes ancestrais de um povo ou cultura, sendo o resultado da observação e interação com a Natureza, incluindo forças sobrenaturais ou numinosas. No coração dessas duas abordagens sobre a religião estão dois mundos totalmente diferentes.


Esses dois mundos são epicentros de duas cosmovisões distintas, e podem ser chamados de mundos celestial e ctônico. Eles não representam os limites dessas duas cosmovisões, mas seus núcleos. Ou seja, embora a Religião Revelada tenha como base o reino celestial ou supercelestial, os planos de luz e perfeição, ela não exclui a comunicação com espíritos sublunares, aéreos, telúricos ou ctônicos. De igual modo, embora a Religião Natural tenha como base a terra e o submundo, i.e. uma espiritualidade que lida com os espíritos da Natureza, isso não a impede de lidar com os deuses urânicos.[16]


A fonte da revelação da Religião Revelada é celestial, o núcleo de sua cosmovisão. Em contraste, o reino ctônico ancestral era a fonte do poder oracular em todos os estágios da religião grega. A habilidade ou o dom da profecia, por exemplo, era originalmente atribuída ao goēs.[17] Os reinos celestiais ou transcendentais tornaram-se todos importantes na magia posteriormente, principalmente como a fonte da autoridade do mago, a exemplo da própria feitiçaria dos Papiros Mágicos Gregos. Mas em um período anterior, a terra como fonte de vida e o submundo como morada dos mortos eram centrais para a religião e a magia. Mais ao ponto, grande parte da magia de tempos posteriores – particularmente aquela caracterizada como goécia – foi uma adaptação – pode-se até dizer uma distorção – de seu exercício mais antigo. No entanto, a transição da ênfase nos cultos ctônicos para os cultos celestiais no que concerne a autoridade mágica, não envolveu uma grande mudança de caráter ou conteúdo na aplicação das técnicas. No primeiro volume do Daemonium eu demonstrei que a diferença entre teurgia e goécia nunca repousou sobre as técnicas e tecnologias mágicas utilizadas, mas no caráter e personalidade do operador. As técnicas de feitiçaria são universais, mudando pouca coisa de uma cultura para outra. O entendimento disso é importante para a percepção de que a Quimbanda é a goécia tradicional brasileira.



NOTAS:


[1] Fernando Liguori. Daemonium (Vol. 2) Clube de Autores, 2022, pp. 87.

[2] Se a conexão entre a Quimbanda e o Grimorium Verum em um primeiro momento ressoe a recessão salomônica da goécia, conectada a demonologia da Idade Média e ao diabolismo do Romantismo fáustico, antes disso, como coloquei ênfase na apresentação deste livro, a goécia como corrente mágica viva infunde vitalidade tanto ao Grimorium Verum quanto a Quimbanda. Tenha em mente isso durante a leitura desta obra.

[3] O relato mais antigo de uma pactuação demoníaca vem da tradição cipriânica da magia. A Confissão de São Cipriano narra os esforços de Cipriano para conquistar poder, conhecimento, notoriedade e riquezas sob os auspícios do Diabo. Após sua conversão, Cipriano ainda adquire habilidades exorcistas, cujas orações tornaram-se a espinha dorsal das obras atribuídas ao seu nome. Como veremos nesse livro, São Cipriano é o Herói par excellence da goécia como tradição viva. Veja os dois primeiros volumes do Daemonium.

[4] Grimorium Verum, 1817. Tradução em Humberto Maggi. Thesaurus Magicus, Vol. I. Clube de Autores, 2010, pp. 438.

[5] Desde que eles estejam satisfeitos com sua parte, porque esse tipo de criatura não faz nada por nada, diz o grimório. Essa mecânica de trabalho foi diretamente aossociada aos Gangas da Quimbanda. Tem um ditado na Quimbanda que ilustra esse processo: Exu responde no caminho do dinheiro e o dinheiro responde no caminho de Exu. Na Quimbanda absolutamente tudo se sacraliza com dinheiro, e isso diz muito de sua natureza imanente.

[6] Eu explico o tronco tradicional da Quimbanda no livro Ganga: a Quimbanda no Renascer da Magia. Clube de Autores, 2023.

[7] Da tradição cipriânica, via O Livro de São Cipriano, a Quimbanda recebe o fluxo de vitalidade necromântica da goécia grega antiga. Mas é da corrente mágica do Grimorium Verum que a Quimbanda recebe seu fluxo de vitalidade nigromântica da goécia salomônica medieval e moderna.

[8] Fernando Liguori. Daemonium Vol. II. Clube de Autores, 2022, pp. 49.

[9] Fernando Liguori. Ganga: a Quimbanda no Renascer da Magia. Clube de Autores, 2023, pp. 22-3.

[10] Daniel Ogden. Greek and Roman Necromancy. Princeton University Press, 2001, pp. 164.

[11] Pelo termo Esotérica me refiro ao que se conveniou chamar de esoterismo ocidental. Veja Parte III. Veja também Antonie Faivre. O Esoterismo. Papirus, 1994. Do mesmo autor veja Modern Esoteric Spirituality. Crossroad, 1992. Veja ainda Wouter J. Hanegraaff. Esotericism and the Academy: Rejected Knowledge in Western Culture. Cambridge University Press, 2012.

[12] I.e. a convocação de mortos sem descanço, portanto, espíritos malignos que, na interpretativo Christiana, tornaram-se demônios.

[13] Humberto Maggi. Goetia: História & Prática. Clube de Autores, 2020, pp. 56.

[14] Fernando Liguori. Daemonium (Vol. II). Clube de Autores, 2022, pp. 81. Veja Humberto Maggi. Goetia: História & Prática. Clube de Autores, 2020. Veja também Sarah Iles Johnston. Restless Dead: Encounters between the Living and the Dead in Ancient Greece. University of California Press, 1999. Para o entendimento de goécia como Religião Antiga veja Fustel de Coulanges. A Cidade Antiga. Martin Claret, 2009.

[15] Fustel de Coulanges. A Cidade Antiga. Martin Claret, 2022, pp. 30.

[16] A Quimbanda no Brasil como herança da espiritualidade e ancestrailidade das antigas Macumbas cariocas, carrega esse hibridismo em seu sistema operacional de magia.

[17] Jake Stratton-Kent. Geosofia. Vol. 1. Scarlet Imprint, 2023, pp. 124.

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