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Uma Vida de Goécia

Nessa seção desejo falar sobre como cheguei até aqui: uma vida de goécia, de conexão visceral com a Alma do Cosmos, com os espíritos em uma ampla multiplicidade de formas. A Quimbanda - e, portanto, os poderes (ancestralidade) da terra e do fundo (o submundo), as forças do ambiente sublunar - me abriram os olhos para a potência mágica das inteligências terrestres (ou deuses terrestres como descritos na Hermética) corporificadas que operam no reino da geração, e o caminho para reavivarrevitalizar e ressignificar toda a minha carreira magística por meio da feitiçaria tradicional brasileira que, como proponho em todo este site, é a goécia brasileira. Disso nasceu o programa vida de goécia, cujo espírito tutelar é Cipriano Feiticeiro.

O ESPÍRITO DE MIMHA BUSCA

Por vezes pareci estar perdido; por vezes me senti verdadeiramente perdido! Durante grande parte de minha carreira mágica dois dilemas nortearam minha busca: i. deveria seguir o caminho da unidade transcendente ou o caminho da multiplicidade das formas? ii. como encontrar um sistema de magia que realmente funcione, para além dos contorcionismos mentais, da psicologização dos resultados, das ideologias e dogmas religiosos. Mas ainda um terceiro dilema me inquietava: é possível conjugar a metafísica da unidade transcendente com a visão daemônica da multiplicidade das formas?

Mas se eu pudesse eleger qual dos três dilemas mais revirou minhas entranhas mentais e emocionais, foi a busca por um sistema de magia que realmente funcionasse. Essa busca me proporcionou uma virtude: a capacidade de me desapegar da noite para o dia de um sistema que não estava funcionando. Então eu me meti em todo canto no anseio de encontrar uma prática mágica organizada que realmente proporcionasse resultados taumatúrgicos a olhos nus. Se sob o olhar mais criterioso da Verdade um sistema não se provasse eficaz, eu não tinha melindres em abrir mão dele.

Não vamos perder tempo aqui criticando o sistema moderno de magia e as escolas em que passei e não encontrei o que procurava. Sobre isso tem material abundante nos dois primeiros volumes do Daemonium e no Ganga: a Quimbanda no Renascer da Magia. Basta resumir a essência do que já aprendi nessa busca: o poder da magia reside na ancestralidade.

O PODER DA MAGIA RESIDE NA ANCESTRALIDADE

No terceiro volume do Daemonium: a Quimbanda & a Nova Síntese da Magia, menciono que desde o Mundo Antigo perseveram no tempo as disputas mágico-religiosas entre os cultos urânicos revelados, i.e. astrais, e os cultos ctônicos da natureza, i.e. terrestres. Os cultos terrestres são religiões da natureza, que nascem das entranhas e raízes da terra. Estes cultos ou religiões são também conhecidos como cultos de ancestralidade. A força mágico-religiosa desses cultos vem de uma feitiçaria ctôniana, portanto, que está conectada aos poderes da terra. Concordando com Walter Burket em Homo Necans: The Anthropology of Ancient Greek Sacrificial Ritual and Mith (University of California Press, 1983), e descordando de Mircea Eliade em Tratado de História das Religiões (WWF, 2022) que diz que o primeiro impulso religioso do homem vem da experiência com os astros, a primeira experiência religiosa do homem foi, de fato, com a morte. O homem tinha de matar para comer, matar para se defender ou sobreviver, e lidar com a partida de seus iguais. Para tudo isso, primeiro, o homem conheceu a morte e, a partir dela, encontrou o mundo dos espíritos.

 

O primeiro autor que me despertou para a ideia de ancestralidade foi um filósofo-teurgo do Séc. IV d.C., Jâmblico de Cálcis (245-325 d.C.). Em seu De Mysteriis ele destaca que é tolice adorar os deuses de outras culturas, fazendo entender que o segredo do processo estava diretamente atrelado a conexão com a ancestralidade. Tanto Jâmblico quanto a Hermética concordam que todo o Cosmos, ou melhor, os espíritos do Cosmos, não só os antepassados conectados a terra, mas também os deuses das esferas superiores, são ancestrais da humanidade. Cada uma das conjunções astrais na carta natal, por exemplo, são espíritos ancestrais diretamente conectados a nossa ancestralidade. Então ali percebi que estava perdendo tempo: eu precisava parar de adorar os deuses de outras culturas para me encontrar com os deuses ancestrais de minha cultura.

​E foi na busca por encontrar os deuses da minha terra que cheguei até a Quimbanda, esperando achar nela o que sempre busquei: um sistema de magia funcional e preciso. Quando encontrei a Quimbanda, já havia entendido que o segredo da magia era o conhecimento e conversação com o espírito tutelar. O tema do espírito tutelar foi o axis mundi de minhas aspirações mais profundas desde que conheci e comecei a me interessar pela filosofia thelêmica de Aleister Crowley (1875-1947) em 1996. A busca pelo Sagrado Anjo Guardião como a primeira meta fundamental do sistema thelêmico me levou aos confins do Mundo Antigo para entender quem era esse sujeito. Durante a maior parte de sua vida Crowley esteve completamente perdido acerca da natureza do Sagrado Anjo Guardião. Foi somente no fim de sua carreira mágica, perto da morte, que Crowley entendeu que o espírito tutelar é, de fato, um espírito, e não um complexo superior da mente. Eu falo disso com detalhes no meu livro Corrente 93: A Corrente Solar do Novo Aeon.

O estudo do primeiro volume do Daemonium foi a coroação dessa busca pelo entendimento do Sagrado Anjo Guardião em minha carreira mágica. O Sagrado Anjo Guardião como apresentado por Crowley a partir dos escombros da Ordem Hermética da Aurora Dourada, nada mais é do que a revisão moderna de uma das fórmulas mágicas mais antigas da humanidade: o conhecimento e conversação com o espírito tutelar. No livro demonstro que duas noções são fundamentais para o sucesso na magia: i. desenvolver uma visão daemônica para com o Cosmos, i.e. resgatar a visão encantada para comunicação e comunhão com os espíritos do Cosmos; assim, uma vida de goécia; ii. acessar um espírito tutelar, morto ou encantado da natureza, e trabalhar com ele os processos da arte mágica e a deificação da alma. No livro também cito o Exu na Quimbanda como uma versão brasileira da fórmula mágica do espírito tutelar.

A QUIMBANDA & A FÓRMULA MÁGICA DO ESPÍRITO TUTELAR

A Quimbanda é um culto afro-diaspórico brasileiro, que converge a miscigenação mágico-religiosa de três culturas: africana (via escravos bantos e yorùbás), brasileira (via povos ameríndios) e europeia (via bruxas degredadas, exilados políticos, criminosos e colonizadores). A Quimbanda nasce dentro desse caudaloso caldeirão de miscigenação cultural, o que acabou por definir, por outro lado, a identidade mágica do Brasil e do brasileiro. Por esse motivo a Quimbanda é o sistema mágico que melhor define o que Jake Stratton-Kent chamou de a nova síntese da magia. Tema abordado no terceiro volume do Daemonium: a Quimbanda & a Nova Síntese da Magia, e cujo texto já está disponível na Revista Nganga no. 10.

Muito embora a Quimbanda receba seu nome da cultura banto, o que se entende por kimbanda na África não tem nada a ver com a Quimbanda no Brasil. Na África, kimbanda se trata de um ofício sacerdotal, um indivíduo que exerce uma função social, muito próximo da ideia de xamã, curandeiro e pajé. O kimbanda trata-se de um curador, um rezador, e sua arte é conhecida como mbanda, que significa magia ou cura. No Brasil, desde o período colonial até a década de 1950, período este que chamamos de primeiro momento da Quimbanda no Brasil, kimbanda também era o indivíduo, o feiticeiro que trabalhava com um espírito tutelar, um morto deificado. A partir da década de 1940, kimbanda deixa de ser um indivíduo para se tornar um sistema religioso de magia, quando nasce a Quimbanda.

A partir da síntese de Aluísio Fontenelle, um ocultista espírita e umbandista brasileiro, a Quimbanda nasce como um sistema de magia sincretizando os Exus mais conhecidos da Macumba (e Umbanda) na época com os espíritos do Grimorium Verum, quando Exu se cristaliza definitivamente no imaginário e folclore brasileiro como Diabo.

Na criação do sistema mágico da Quimbanda, Fontenelle foi profundamente influenciado pelas concepções mágicas de Eliphas Levi, trazendo a maioria das ideias de seu Dogma e Ritual de Alma Magia, para Quimbanda. Mas não para por aí! A cultura mágica da França no fim do Séc. XIX, no período que ficou conhecido como o renascer da magia, também impactou a identidade mágica brasileira. A presença de inúmeras lojas maçônicas, a profunda adesão as ideias do Romantismo sobre o Diabo, e variadas doutrinas do ocultismo francês influenciaram a formação da Umbanda, da Quimbanda, da Jurema, do Santo Daime etc. em meados do Séc. XX.

No que concerne a Quimbanda ser um sistema religioso ou um sistema mágico, ela é tanto uma religião quanto um sistema de magia que utiliza a ação mágica de espíritos: mortos (égún), mortos deificados (divinizados), e encantados (elementais) da natureza. Eu publiquei um texto, A Quimbanda como Sistema Religioso, disponível na Revista Nganga No. 10, onde explico que a Quimbanda é religião, tanto sob a perspectiva do homem do Mundo Antigo, quanto sob a perspectiva do homem contemporâneo. Ela contém todos os elementos que fazem um culto religioso ser considerado uma religião: cosmologia, cosmogonia, teologia, soteriologia e escatologia.

Os espíritos da Quimbanda são divindades, no sentido de serem mortos deificados (ou glorificados, divinizados). Como mortos deificados, são como os antigos Heróis gregos, ou os Chefes Secretos do sistema da Astrum Argentum, ou os Mestres Ascensionados do teosofismo (não confundir com teosofia), ou os santos católicos. No contexto da teurgia de Jâmblico ou do Hermetismo alexandrino, são os deuses terrestres, quer dizer, as divindades corporificadas no reino da geração, sendo inteligências sublunares. Todos os mitologemas de divindades ctônicas como Hécate, Júpiter Plutônio, Hermes Ctônio, Hades, Osíris, Inanna etc., e que representam os poderes da terra, podem ser associados arquetipicamente ao trabalho dos Exus e a magia da Quimbanda. Dessa forma, a Quimbanda é um culto lunar ou ctoniano a divindades terrestres, de natureza catabática. A teologia da Quimbanda é lunar: a Lua está no ápice do Céu, enquanto o Sol reverenciado é àquele que Reina no Submundo.

Mas a Quimbanda também é tanto necromancia, porque lida diretamente com mortos de todo tipo, deificados ou não, quanto nigromancia, porque associa o trabalho dos mortos ao trabalho de demônios, espíritos terrestres dos grimórios. A Quimbanda é, portanto, uma prática de goécia, neste caso, goécia brasileira. No terceiro volume do Daemonium: a Quimbanda & a Nova Síntese da Magia, me debrucei sobre o assunto, e apresento a Quimbanda como a genuína goécia tradicional brasileira.

A Quimbanda opera com a fórmula mágica universal do espírito tutelar, representado miticamente como o Sagrado Anjo Guardião de Abramelin, o diabo pessoal de Fausto, o espírito familiar da bruxa etc. Na Quimbanda os espíritos são ancestrais tutelares. Um Exu na vida de um kimbanda (praticante de Quimbanda) tem o mesmo lugar e valor do Sagrado Anjo Guardião na vida de um thelemita.

Essa fórmula mágica é universal porque se trata da busca fundamental de todo aspirante a mago ou feiticeiro, que pode ser definida de: i. estudo e busca individual como preparo para a chegada do mestre; ii. o encontro com o mestre que o ensinará o segredo da magia; iii. de posse do segredo da magia, oferecer seus serviços mágicos; iv. tornar-se um mestre da arte da magia, transmitindo seu segredo aos novos aspirantes. Essa é a jornada de um kimbanda dentro da estrutura de desenvolvimento mágico e mediúnico do culto.

O que São Cipriano é para a goécia como tradição viva, i.e. um Herói glorificado no Inferno e espírito tutelar dos feiticeiros, são os Exus para a Quimbanda. São Cipriano é tão influente na Quimbanda que ele entrou para dentro do culto como um Exu fundamentado, Exu Cipriano. É com esse Exu que vamos trabalhar na busca pelo resgate da goécia como tradição viva de magia.

 

EXU CIPRIANO & A VIDA DE GOÉCIA

São Cipriano foi o espírito-patrono de meu trabalho com a goécia desde o momento em que cheguei na Quimbanda. Eu escrevi um texto, mas que ainda não foi publicado, chamado as Três Ondas Cipriânicas, onde falo dos três encontros mágicos que tive com São Cipriano ao longo de minha carreira mágica. O terceiro deles, dentre muitos fatores convergentes, me trouxeram até a Quimbanda. O nome da família de Quimbanda a qual sou Chefe é Cova de Cipriano Feiticeiro, que em seu manifesto público diz:

     A Cova de Cipriano Feiticeiro é uma família tradicional de Quimbanda Nàgô, Quimbanda Mussurumin Quimbanda Malê. O nome de nossa família é inspirado na famosa «Cueva de Salamanca» ou «Cueva de San Cebrian», quer dizer, a «Cova de São Cipriano», o «Covil do Diabo».
     A cidade de Salamanca está na antiga «rota da seda» da tradição mágica europeia, na Península Ibérica, uma região que no fim da Idade Média e início da Renascença ocorreu uma grande miscigenação cultural entre os mulçumanos, os cristãos e judeus. A região ficou famosa tanto por produzir manuscritos mágicos quanto por sediar inúmeras confrarias de estudantes de magia.
     A Cueva de San Cebrian ou Covil do Diabo está localizado sob a Igreja de San Cebrian, construída em 1126, um local famoso na Europa onde se diz que o Diabo ensinava necromancia e as artes ocultas aos estudantes da Universidade de Salamanca, fechada no início do Séc. XVI pela Rainha Isabela, a Católica. A Igreja foi construída sobre um antigo cemitério celta e ficou conhecida como um «campo de força» ou «zona de poder» mágico que recebia alunos insatisfeitos com o cristianismo, com as matérias e com os professores da Universidade de Salamanca que buscavam por sabedoria oculta.
     «Cuenta la leyenda que en este espácio, Satanás, bajo la apariencia de sacristán, impartía sus doctrinas de ciências ocultas, adivinación, astrologia y magia a siete alunos durante siete años, tras los cuales, uno de ellos debía quedar de por vida a sua servicio. Enrique de Aragón (1384-1434), Marqués de Villena, fue alumno de la Cueva de Salamanca y engañó al diablo-sacristán para no quedar a sua servicio a costa de perder su sombra.»
Toda essa corrente mágica ibérica chegou ao Brasil através das bruxas degredadas e de O Livro de São Cipriano, mesclando-se a magia ameríndia e a feitiçaria advinda da África.
     A família Cova de Cipriano Feiticeiro busca honrar essa tradição antiga trazida ao Brasil ministrando as artes negras aos seus alunos e discípulos, os kimbandas iniciados.


Na cultura afro-brasileira, o primeiro impacto de São Cipriano deu-se profundamente na Macumba carioca do Sudeste e na Jurema do Nordeste no fim do Séc. XIX e início do Séc. XX. No segundo volume do Daemonium: a Quimbanda no Renascer da Magia, eu tratei da sua influência na Quimbanda desde a sua genitora, a Macumba. Na década de 1920 São Cipriano aparece como Chefe da Linha Africana; posteriormente, nas décadas de 1930-50, a Linha Africana passa a ser chamada de Linha das Almas e São Cipriano, antes seu líder, se transforma ou é substituído por Exu Omolu. O Pai Cipriano, hora preto-velho na Umbanda, hora Exu na Quimbanda, é considerado efetivamente o São Cipriano.

Na Quimbanda, após a síntese promulgada por Fontenelle, gradativamente São Cipriano começa a aparecer como Exu Cipriano, fundamentado dentro do culto como mestre de bruxaria, utilizado para ataques mágicos e guerras espirituais. Fora da Quimbanda como sistema, mas dentro da goécia como tradição viva de magia e feitiçaria, São Cipriano é o Herói icônico do culto. Como venho demonstrando desde o primeiro volume do Daemonium, São Cipriano representa a busca fundamental de todo aspirante a Arte da magia: o conhecimento e a conversação com um espírito familiar. O mito de São Cipriano é a parabola que representa a conexão que todo magista se esforça em estabelecer com um espírito tutelar e, a partir disso, operar os milagres da magia e coroar sua carreira mágica com a deificação de sua alma.

Desde que fui iniciado na Quimbanda, meu trabalho tem sido demonstrar aos ocultistas brasileiros que a Quimbanda e suas tecnologias mágicas pode revitalizar completamente a prática da magia cerimonial. O segundo volume do Daemonium e o Ganga tratam disso. Quando recebi o àṣẹ da Quimbanda Mussurumin, esse trabalho ganhou força com a Cabalá Francesa, uma rama dessa vertente adjacente ao culto de Exu destinada ao trabalho com os diversos sistemas de magia cerimonial europeia a gosto do operador. Nesse processo ficou cada vez mais nítido para mim o que Stratton-Kent definiu como a nova síntese da magia e como a Quimbanda era a sua filha mais legítima e bem-sucedida.

Hoje, amadurecido nessa feitiçaria ctônica da Quimbanda, levo uma vida de goécia, imerso no mundo dos espíritos, a serviço do Chefe Império Maioral, o Diabo. Com a autorização de meus tutelares ancestrais, os Exus Chefes da família Cova de Cipriano Feiticeiro, me foi permitido expandir o trabalho com o espírito-patrono de nossa família, Exu Cipriano ou simplesmente Cipriano Feiticeiro. Este site, goēteia, e o trabalho aqui delineado, o cultivo de uma vida imerso ao mundo dos espíritos, deriva disso: um culto a Cipriano Feiticeiro como espírito tutelar de uma vida de goécia.

Para tal, criei um programa ao estilo da Cabala Francesa da Quimbanda Mussurimin para ocultistas que desejam se aprofundar na feitiçaria ctônica da goécia como tradição viva. Este programa envolve as quatro etapas da fórmula mágica universal do espírito tutelar dentro de uma relação iniciática entre mestre e discípulo, que recebe das mãos do mestre o segredo da goécia.

 

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UMA VIDA DE GOÉCIA

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ESTUDOS DA COVA DE SÃO CIPRIANO

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COVA DE SÃO CIPRIANO

A Cova de São Cipriano é uma escola iniciática para ocultistas que desejam acesso a fonte viva da goécia como uma corrente mágica por meio da fórmula do espírito tutelar.

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