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GANGA

A Quimbanda no Renascer da Magia

O livro Ganga: a Quimbanda no Renascer da Magia é uma continuação do projeto iniciado no segundo volume do Daemonium: o papel da Quimbanda no atual renascer da magia dos grimórios, o grimoire revival.

A palavra ganga é aportuguesada e deriva de um termo multilinguístico da cultura banto, nganga, conectado a ideia de poder sobrenatural, i.e. mágico, utilizado para designar o feiticeiro que trabalha com espíritos ancestrais ou tutelares, o técnico ritualista e curador. No Brasil o termo ganga também é utilizado para designar o Exu de Quimbanda. O motivo pelo qual escolhi este termo não é apenas homenagear os Gangas da Quimbanda, mas dar continuidade ao estudo da formula mágica do espírito tutelar e sua importância na tradição da magia, que iniciamos no primeiro volume do Daemonium.

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Parte I desta obra é uma apologia contra a militância radical de africanistas, kimbandas angoleiros e satanistas, que se lançam contra as raízes fundantes da Quimbanda.

Na Parte II as três vertentes primordiais da Quimbanda, Malei, Nàgô e Mussurumim, anunciadas na Parte I como derivadas do tronco tradicional de Quimbanda, são apresentadas como sistemas mágicos que delineiam práticas de feitiçaria distintas para se relacionar adequadamente com os Gangas da Quimbanda nos três reinos fundamentais da Natureza: ctônico (submundo), telúrico (terrestre) e etéreo (aéreo).

Na Parte III nos debruçaremos sobre o intricado sistema de reinos na Quimbanda, através dos quais é possível acessar os espíritos diversos, almas deificadas, almas perdidas, e encantados nos três reinos: céu, terra e inferno. A abordagem dos Reinos da Quimbanda neste livro é original. Diferente das abordagens populares que se baseiam sempre no trabalho de Osvaldo Omotobàtálá, como macacos que mimetizam seus adestradores, a interpelação dos Reinos da Quimbanda aqui acompanham as história de formação do Cosmos, fundamentalmente o ambiente sublunar, e da consciência humana. Vocês irão se surpreender.

 

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GANGA: A QUIMBANDA NO RENASCER DA MAGIA

A QUIMBANDA GOÉCIA

Na década de 1950, Aluízio Fontenelle estabeleceu definitivamente Exu-Diabo no imaginário brasileiro. Ele conectou os Exus mais conhecidos da época a demônios do Grimorium Verum. O trabalho de Fontenelle proveu os rabiscos iniciais da Quimbanda como praticamos hoje, sua iconografia e estética diabólica. A Quimbanda Nàgô absorveu muitas influências demonológicas e diabólicas do Grimorium Verum e muitos a conhecem pelo termo Quimbanda Raiz ou Quimbanda Goécia, porque seguindo o caminho estabelecido por Fontenelle que sincretiza os Exus aos demônios do Grimorium Verum, a Quimbanda Nàgô desenvolveu seus fundamentos práticos nessa direção, onde o Exu tutelar do kimbanda comanda uma miríade de demônios classificados como nigromancia.

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A Ponte entre o Grimorium Verum e a Quimbanda

O Grimorium Verum trata-se de um grimório moderno, ligeiramente distinto de seus predecessores medievais, porque ele reelabora as técnicas e as chaves de acesso que estiveram fora dos grimórios salomônicos: os pactos com os espíritos, a herbologia diabólica (encontrada nos gabinetes das bruxas e que inspiraram os templos de magia cerimonial), as oferendas e os sacrifícios destinados aos espíritos infernais. Como eu dissertei no segundo volume do Daemonium, essa abordagem do Grimorium Verum é muito próxima do tipo de feitiçaria da Quimbanda, e essa é uma ponte que permitiu inserir a diabologia e demonologia deste grimório na Quimbanda.

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